Era uma vez a minha pessoa há 2 anos atrás.
Vivia muito triste e amargurada por não pertencer à Barítuna.
Todos me diziam "Epah, Tunas é que é Sofia, não sabes o que perdes. É tão giro. As actuações, as praxes, o espirito, tocar e cantar, tens de experimentar!"
Já andava eu na FDL há um ano e ainda não tinha entrado em nenhum ensaio da Barítuna. Será que podia? Será que me iam aceitar? Será que me iriam ajudar a tocar alguma coisa, já que eu não tocava nada?
Um dia enchi-me de coragem e lá entrei por aquela porta dentro e nunca mais fui a mesma. Encontrei Veteranas e Barítunas muito simpáticas dispostas a ajudar-me e a integrar-me no grupo. Deram-me a alcunha de Fifi, fizeram-me uma mini audição para aferir qual o meu timbre (cantei o atirei o pau ao gato) e disseram que eu era aguda. Perguntaram-me qual o instrumento que gostaria de tocar. Respondi cavaquinho. Começei logo a ir ao ensaios de cavaquinhos com uma Veterana que em Maio escolhi para Madrinha. Disponibilizaram-me as letras e os acordes, fui aprendendo a voz nos ensaios com a ajuda da ensaiadora. Em Dezembro fui investida em Serva e começei a usar o traje de prisioneira às riscas como manda a praxe. Todos se metiam comigo e com as minhas manas e perguntavam o porquê de estarmos assim. Tive a minha primeira actuação no Bar Velho da Faculdade e a tocar. Estava muito nervosa e foi muito bom. As Veteranas eram muito originais nas praxes que nos faziam e adoravam mandar-nos inventar músicas para cantarmos antes das refeições (sempre sem talheres).
Em Abril tive ao meu primeiro festival, em Coimbra, a convite das Fãns e em estreia absoluta como solista. Foi espectacular, ganhámos o prémio de Melhor Instrumental.
Em Maio fui investida em Estrangeira e começei a usar o traje que já tinha ido comprar com as minhas manas e Madrinha. Já tocava as músicas todas.
Novembro foi o mês do Festival e foi um orgulho tremendo tocar e cantar para os amigos e familia, representar a instituição e a Tuna que já me dizia tanto.
Em Dezembro deixei de ser caloira.
Olho para esse ano e tenho a certeza que não o poderia ter vivido de outra forma. O que passei e aprendi, com pessoas que começaram a fazer parte da minha vida, que estiveram lá quando as aulas começaram a apertar, para aconselhar e ajudar, para rir e para gritar, para ajudar a esquecer o curso que é duro e mostrar que a vida é tão rica e tão mais que as notas e o ir à aulas. A partilha, o trabalho em equipa, o respeito à tradição e à hierarquia, transmissão de conhecimentos e a passagem do testemunho de quem vai para quem fica, tudo isto é real na Barítuna.
Resumindo e concluindo, tornei-me numa pessoa melhor. Ficou muito para dizer, muitas histórias e muitas fotografias, muitas actuações, muitas piadas e muitas reuniões sérias. Mas para saberem mais têm de bater à porta nos dias de ensaio. Vão ver que vale a pena.
Passo a palavra às minhas manas, caloiras e Veteranas que se queiram juntar à rubrica.
Fifi
7 comentários:
minha linda e foste uma caloira exemplar, que aprendeste muita coisa, levaste muito nas orelhas e cresceste muito enquanto barituna e hoje garanto-te que tens o respeito de muito gente. parabens por todo o teu percurso espero que continues sempre assim no bom caminho... tenho muito orgulho em ti, bjs
Fifi, adorei esta nova rubrica aqui no nosso BLOG..!! O teu post arrepiou-me a mim e decerto a todas nós Baritunas , isto porque todas nós nos revimos nesta tua exposição , tão sincera e tão transparente!!
Ser BARÍTUNA, é sem dúvida uma maneira de estar e de ser única, não é para qualquer uma!!E tu GAJA tens PERFIL!! tens garra, empenho e muita motivação!!
Continua assim!!
Beijihnos
Febra
Um beijão enorme para Ti Belita, que fazes tanta falta. Cuida bem de ti =)
fifi
Outro para ti Lena que "sem ti o cavaquinho fica tão sozinho, lalalala" LOL =p
Fifi
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