Confissão de uma caloira...

Há quem diga que as melhores coisas da vida acontecem por acaso e eu hoje ainda acredito mais nisso. Quando entrei na FDL pertencer à Barítuna não estava nos meus planos, para ser sincera nem sabia da sua existência. Foram precisas duas amigas da faculdade em frente para me aventurar a assistir a um ensaio. A minha experiência musical era equivalente a zero mas tinha aquele "bichinho" para experimentar uma coisa nova. "Porque não?", foi o que lhes respondi quando me perguntaram se não queria entrar para a tuna da minha própria faculdade.

Ainda hoje recorro ao flashback e recordo o momento em que entrei pela primeira vez na última sala do corredor da reprografia. "Isto não tem nada a ver com o resto da faculdade!",  foi o que pensei. Não de uma forma pejorativa de todo, é que comparando com o restante espaço FDLiano aquela sala parecia "leve". Sim, leve, feliz, despreocupada. Reparei de imediato nos cartazes nas paredes, na Tétuna com o seu Jeremias, no aparelho de câmbio com as luzes a piscar (que a Pipi posteriormente contaria a respectiva história), na Bitch e na Barbie Bitch e, para minha surpresa, em duas caras conhecidas: a Mofa e a Palanca, minhas conterrâneas. Quando saí do ensaio naquele dia ficou a sensação de que tinha que voltar, e assim foi.

A vida de estudante nunca será fácil mas as chatices da vida tornam-se mais pequenas quando por uma hora deixamos as preocupações de lado e nos juntamos a pessoas que, tal como nós, sabem que há mais na nossa faculdade do que leituras obrigatórias e competitividade. Pessoas que todos os dias dão um pouco de si para manter viva a tradição académica que para alguns infelizmente passa ao lado. A essas pessoas quero agradecer pelos sorrisos que me proporcionaram neste primeiro ano na Faculdade de Direito de Lisboa. Sorrisos de início tímidos, depois já mais confiantes. Sorrisos nervosos em palco, sorrisos de conforto quando sabemos que estamos todas no mesmo barco. E ao escrever isto, um sorriso de orgulho por pertencer a esta Tuna fantástica, que mais do que uma tuna é uma irmandade, uma autêntica família. Um viva às bruxinhas da FDL!

Debulho