sábado, 15 de setembro de 2012

Era uma vez ...



Era uma vez uma bruxa chamada Bitch. A Bruxa Bitch era uma aluna da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. No entanto, havia um pequeno problema – era uma bruxa. Como tal, a Bitch pensava que nunca se iria integrar em lado nenhum, tendo em conta que mais ninguém era como ela.

Um dia, perto da altura de Halloween, enquanto passeava sozinha pelo corredor da faculdade, ouviu duas raparigas do seu ano a falar sobre a Barítuna. ‘Barítuna?’ pensou ela. ‘O que é a Barítuna?’ Tentando não dar nas vistas, conseguiu ouvir o resto da conversa, e conseguiu perceber que, pelos vistos, a Barítuna dava espectáculos. Segundo elas, aproximava-se o Xácara das Bruxas, o que quer que isso fosse.

Nessa noite, foi pesquisar acerca da Barítuna, e qual não foi o espanto dela quando se deparou com mais de dois mil resultados. Aprendeu então que a Barítuna era a Tuna feminina da faculdade dela e que, pelos vistos, pouco mais pediam do que vontade de lá estar e espírito académico. Esperançosa, decidiu ir assistir ao ensaio que iriam ter no dia seguinte.

Quando chegou à porta da Barítuna, hesitou. Será que deveria entrar? E se não gostassem dela, só por ser uma bruxa? A Bitch só queria pertencer, mas e se a Barítuna não fosse, afinal, o sítio dela?

“Queres vir assistir ao ensaio?” perguntou uma voz por trás dela. A dona da voz era, nada mais, nada menos, do que uma Barítuna. Segundo ela, já não era caloira, ainda não era veterana, mas havia de lá chegar um dia!

Cheia de vergonha, a Bitch bem tentou arranjar desculpas, mas a tunante lá a conseguiu arrastar para dentro da sala da tuna. Lá, conheceu imensa gente, e nem uma delas a julgou, apesar de saberem bem o que a Bitch era.

Com grande vontade e empenho, a Bitch continuou a ir aos ensaios. Descobriu que gostava imenso de cantar, dedicou-se a aprender guitarra e, quando deu por ela, já tinha passado pelo famoso traje de prisioneira, já tinha criado todas as bolhas e calos que tinha a criar nos pés por causa dos sapatos de traje, e sem sequer se aperceber, tornou-se Sacerdotisa, veterana.

A Bruxa Bitch encontrou na Barítuna a sua família – até porque a família não discrimina, nem te diz que não podes pertencer simplesmente porque és um pouco diferente. Na Barítuna, eram todas diferentes – nem havia piada em serem todas iguais, no final de contas. Encontrou, na Barítuna, humanidade e camaradagem. Amizade, companheirismo, espírito académico, folia, diversão. Além disso, a Barítuna permitiu-lhe um crescimento que, se nunca lá tivesse andado, talvez não iria conhecer.

Quando acabou o curso e percebeu que não iria ter o mesmo tempo para a tuna, a Bitch olhou para trás e apercebeu-se que finalmente pertencera, e vivera os melhores anos da vida dela ao lado da Barítuna, a sua segunda família.

Reza a lenda que, hoje em dia, a mascote da Barítuna é uma pequena bruxinha chamada Bitch, e que os nomes do festival e do encontro de tunas da Barítuna são relacionados com bruxas e com o Halloween.

Quanto à Bruxa Bitch … hoje em dia ela está a gozar umas pequenas férias, passando naturalmente parte delas na praia.

                                                                                             



                                                                                              Barítuna vai à praia!

EhBranco

2 comentários:

*_Pipi_* disse...

Nem tenho palavras...
Parabéns está..sei lá, mesmo espectacular

*_Pipi_* disse...
Este comentário foi removido pelo autor.